A família do Abel, Melissa, Miguel e Aaron saíram da AIRE no primeiro semestre de 2024 após terem terminado o seu ciclo conosco. Num primeiro momento alugaram uma casa pequena em Diadema mesmo, e hoje já conseguiram se mudar para uma casa um pouco maior, oferecendo mais conforto para a família. Assim como todas as famílias que saem e alugam uma casa, eles receberam móveis, eletrodomésticos, utensílios de cozinha, roupa de cama e banho que são doados à AIRE e repassados às famílias quando saem.
Eles contam que o período que passaram conosco, logo que após a chegada ao Brasil, foi um grande aprendizado. Não só da cultura brasileira, mas também de empatia e respeito. Conheceram pessoas de culturas muito diferentes, mas que como eles, foram forçadas a abandonar seus países e encontraram no Brasil a oportunidade de recomeçar.
Com a ajuda da AIRE, Aaron que tem uma situação de saúde bastante delicada, foi encaminhado para médicos especialistas pelo SUS. Hoje já fez uma cirurgia que desde pequeno esperavam conseguir na Venezuela, mas nunca tiveram êxito, e continua a receber o suporte de uma equipe multidisciplinar. Abel e Miguel foram encaminhados para vagas de emprego e hoje são os responsáveis pela renda familiar.
Melissa conta que não sabe dizer onde estariam se não tivessem recebido o nosso apoio, possivelmente em uma situação muito mais crítica, como a da maioria dos venezuelanos no Brasil.
Eles também são muito gratos pelo carinho que têm recebido do povo brasileiro. Não só da equipe da AIRE, mas dos vizinhos, médicos, professores e todos que os rodeiam. O Brasil é um país acostumado a receber imigrantes e a receptividade e calorosidade dos brasileiros sempre impressionam aos que chegam aqui em busca do sonho de recomeçar.
E eles têm agarrado todas as oportunidades que surgem. Abel já fez um curso de logística oferecido pela empresa onde trabalha, e Miguel, um curso de técnico de luz e som relacionado ao seu atual emprego. Aaron participa de aulas de música oferecidas pela Casa da Música, que pertence à prefeitura de Diadema, e tem encontrado nelas uma nova paixão.
Eles esperam continuar estudando, se capacitando e crescendo profissionalmente. Celebram cada conquista e são sempre gratos pelo que antes, era só um sonho na Venezuela, mas que com trabalho e esforço tem se tornado realidade no Brasil.
